tag:blogger.com,1999:blog-56505583924946069552024-02-08T12:16:49.148+00:00satyagrahaBhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-50941722452424622702014-05-25T20:11:00.001+01:002014-05-25T20:11:13.164+01:00Vidinha
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Não voltes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a dizer que
me amas! Que desrespeito esse com que me tratas… Tantos anos a fazer-te o
jantar e a ouvir-te ressonar para agora ouvir tão aborrecidas juras. </span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Guarda-as antes para a tua amante e fode-me a mim com o
desejo que lhe tens. Trata-me mal, arranha-me, chama-me os piores nomes que
conheces e que fariam as velhas vizinhas corarem e a tua mãe envergonhar-se,
mas não voltes a encostar os teus lábios aos meus se for para os tirares no
segundo seguinte.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Ah, que triste vida a minha, a de esposa amada… Quem me dera
a mim antes ser violada, arrebatada, penetrada, desrespeitada, explorada, mas
sentir alguma coisa! Ter o coração nas mãos por não saber se voltas ao final do
dia e despir-me para ti quando a tua paixão te obriga voltar.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Quero ser mulher, quero que ames o meu corpo e não os meus
livros, que queiras o meu sabor e não os meus cozinhados, que queiras estar dentro
de mim e não que as crianças cheguem a casa. </span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">(Qualquer dia fujo com o homem do talho…)</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Quem estou a tentar enganar, não vou a lado nenhum… Estou
presa a ti, seu homenzeco. Eu quero é ser a tua mulher, a tua serva, a tua
deusa, a tua puta. Acorda! Não quero um homem sensível que me pergunte se estou
a gostar, quero um homem que me rasgue a roupa e me faça gritar.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Quero uma vida em que queira acordar…</span></span></div>
Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-47234119722256814352014-05-24T23:43:00.001+01:002014-05-24T23:47:50.808+01:00Cartas de ódio<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Cartas de amor… que mentirosas e falsas palavras que vagueiam
pela humanidade à procura de aprovação. Poéticas e belas podem lhes ser características,
mas que utópica ideia do amor, esta de que é a força das pessoas. Que triste e
ingénuo pensamento. Não há nada tão desumano quanto o célebre belo amor, que
revele tanto a nossa corrompida alma como o aclamado encantador amor. Esse
monstro que cria guerras de corações abertos a desejarem serem devorados, a
desesperarem por alguém que os comam, os consumam até à mais ínfima gota de
sangue, até não restar absolutamente mais nada que possa sentir a solidão que
não desaparece. Que o amor cantado romântico e navegador de mundos e tempos
infinitos seja crime, seja o pior dos pecados, seja proibido e seja censurado e
seja bem enterrado. </span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Se o amor tem de algo sincero é o ódio que faz levantar em
nós. Ah, essa terrível e no entanto acolhedora mãe, sempre de braços abertos
para nos receber quanto as cartas de amor não têm resposta e os nossos corações
estão despedaçados. Que nos vai apertando com uma força sufocante a alma, que
nos acalenta o sangue com um fervilhar insuportável, que nos cicatriza as
feridas com pus por dentro, que nos dá uma força comparável a vulcões numa
erupção destruidora. Que nos faz dizer aquilo que os nossos corações realmente
querem dizer, não essas belas palavras mas o que pura e simplesmente sentimos
dentro de nós, de forma nua e crua, sem romantismos que tapem o que quer que
seja.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Arrisco-me a dizer, não há amor tão verdadeiro quanto o
odioso, quanto aquele que nos faz desejar morrer e levar connosco a humanidade
de poetas que nos fizeram acreditar um dia ser felizes por amor. Aquele que não
finge ser altruísta à procura de alguém que o oiça, aquele que é gritado egoistamente
para quem quer e não quer ouvir. Para nós e para o nosso amor.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Abaixo o amor.</span></span></div>
<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Que o meu morra agora, e me leve com ele.</span></span></div>
Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-89943172493713040942014-04-22T00:41:00.002+01:002014-04-22T00:43:56.727+01:00Diz-me.<br />
<div style="line-height: 130%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 130%;"><span style="font-family: Calibri;">Diz-me que estes brincos me ficam bem e que
reconheces o esforço que faço para aos poucos mudar a imagem que tive durante
anos e que nunca gostei. Que este casaco combina com as botas de salto alto que
escolhi especialmente hoje para ficar mais alta, mais elegante por muito que os
pés me ardam, só para que tenhas orgulho em estar ao meu lado na rua. Que esta
camisa me faz parecer mais magra, quando a cada dia que passa aumenta a minha
vontade de cortar pedaços do meu próprio corpo. E que as calças me caiem mesmo
bem junto ao rabo. Diz-me que estou sexy e que me desejas, e olha para mim como
se todos os meus comportamentos fossem os gestos mais sedutores de qualquer
mulher que já tenha existido desde o início da humanidade. Mais do que isso,
faz-me sentir uma deusa para ti. Faz-me inventar no teu olhar juras de desejo
louco e ardente de quereres o meu corpo só para ti da maneira mais possessiva e
dominante e fútil e física possível. Mais carnal, mais apaixonante, mais
verdadeira. Mente-me. Podes mentir-me ao dizer isto tudo, mesmo sabendo que eu
não vou acreditar, mesmo sabendo que vou dizer para parares com isso. Só quero
ouvir essas palavras da tua boca, só quero sentir por um minuto que posso ser
interessante para ti. Que talvez acredites no que dizes. Que se o disseres
muitas vezes se torne real. Sou bonita. Sou atraente. Desejas-me. Diz mais uma
vez, se fechar os olhos e os sentidos quase que consigo acreditar. Diz mais uma vez. Diz-me só mais uma vez.</span></span></div>
Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-27204974280569989542012-12-09T14:52:00.001+00:002012-12-09T14:52:34.247+00:00life<span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]."><span id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[0]"><span id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[0].[0]">Be stupid and make the wrong decisions. Take risks, create your own roads, don't look for shortcuts. Feel with the brain, think with the heart, feel with the heart, think with the brain. Grow up, and then be a child again, live like a children, laugh a</span></span><span id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[3]"><span id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[3]."><span id=".reactRoot[206].[1][2][1]{comment122294194597976_145207}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[3]..[0]">nd cry and everything with a young soul. Go back, make mistakes, but learn with that. Make other mistakes, new mistakes. But do something, choose to live. Be human, be you, be whatever you want to be. Maybe you will never know what you are supposed to be or to do, but keep trying to find, keep living. "One life, live it well."</span></span></span></span></span>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-23842974860514764632012-09-09T17:10:00.002+01:002012-09-09T17:45:05.677+01:00"São 5 anos que parecem 5 dias, tens de aproveitar ao máximo"<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Há um ano atrás era anti praxes.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Influenciada pelas noticias escandalosas e pessoas
extremistas, pensava que as praxes eram mais um motivo para poder humilhar
outros. Que o traje era uma forma de se sentirem superiores <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aos restantes. Que tradições e espirito
académico não passavam de mitos para envolver toda esta história.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas sempre achei que para ter uma opinião mais fundamentada,
devia experimentar, comprovar. E assim foi. Mal dormi de ansiosa que estava por
descobrir este novo mundo.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Primeiro dia, não tão mal como achava, mas mesmo assim
estava reticente. Segundo dia, terceiro, quarto. Comecei a associar nomes a
rostos e sentia cada vez mais vontade de ficar a noite toda, de voltar no dia seguinte.
O ambiente era de festa, de respeito. De integração. E foi esse o facto que me
fez mudar de opinião. Senti-me integrada, senti que aquela iria ser a minha
nova casa e aqueles a minha nova família. E gostei.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Agora, passado um ano, recordo as pessoas que conheci, os
risos que partilhamos, a madrinha que escolhi, o meu baptismo, as festas, as
amizades, as granadas, de ser caloira, os freudianos, os segredos, as noites dormidas na rua, os exageros de
me deixar sentada no chão, e quem ficava lá ao meu lado, de descobrir sítios novos,
dos jantares, de receber o traje, de ter padrinho, do meu segundo baptismo (se
é para aproveitar, aproveita-se a dobrar), do ISPA, dos abraços reconfortantes, da noite
do enterro, de trajar pela primeira vez, do orgulho, da igreja, das musicas, das palavras,
de me traçarem a capa, dos segredos contados e felicidades partilhadas, dos
choros incontroláveis, do momento mágico atrás da igreja, das quintas-feiras negras, dos emblemas, da
estrela, da queima das fitas, das três bengaladas, da família.</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Hoje, ao escrever isto, sinto-me viciada por este espirito
académico, que me corre no sangue <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o
grito e as musicas e as praxes, e que o traje já faz parte da minha alma.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Amanhã, trajo pela primeira vez como segundanista. E mal
posso esperar por mais um ano.</span></div>
Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-54546387916703957892012-07-08T14:08:00.003+01:002012-07-08T14:08:20.511+01:00A viagem<span style="font-family: Calibri;">A ansiedade perturba-me o sono. Como que uma bola animada; o
meu peito assim reage perante o desconhecido, o novo. A mil à hora a mente
vagueia tentando adivinhar o que aí vem, tecendo planos, histórias, ideias,
projectos, objectivos. Mas o que irá acontecer, está nas mãos dos deuses. Assim
será.</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">De mente, espirito e corpo aberto, aqui vou. Inicia-se a
viagem.</span></div>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-38907538385790364042012-02-20T21:29:00.000+00:002012-02-20T21:30:01.620+00:00A turmaOs sonhos na escola começam. Os percursos que vão tomar, os objectivos que querem alcançar, a vida que desejam ter. Crianças com caminhos promissores e cheios de possibilidades e potencialidades à sua frente.<br /><br />No entanto, por vezes algo acontece e tropeçam nesta estrada. Os motivos? Esses não interessam para os demais. Estas mentes jovens de quem tudo se esperava são automaticamente classificados como os indesejados, os restantes, os falhados. De génios passam para corrompidos, e postos de parte, como se de alguma doença padecessem que danificasse aqueles que de nenhum mal sofrem. As crianças puras.<br /><br />Mas também estes são crianças. Crianças que esperam, e precisam, de uma formação. Crianças que desejam ser incentivadas e saber que nelas acreditam.<br />Mas educação falha, e desiste de quem mais precisa. Mas a escola desinteressa-se, e determina os futuros alheios. Mas os educadores desaparecem, e procuram atalhos fáceis.<br /><br />Atalhos fáceis para uns, trilhos dificultados para outros. Uma palavra de força bastaria. Mas aqueles que a deviam de dar definem quem neles acredita como um marginal. E como marginal, é deixado para trás.<br /><br />As crianças são o futuro de amanhã. Que amanhã (lhes) estão a criar?Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-86895288950453236632012-01-15T00:53:00.001+00:002012-01-15T00:55:32.221+00:00pés na terra, sonhos no céuArrogância desmesurada que têm estes humanos. A sua vida fazem achando-se inatingíveis e superiores a tudo – mesmo que não o pronunciem em voz alta, sabe-se lá quem os poderá ouvir.<br />Deuses!, intitulam-se, rodeados de comuns mortais comuns.<br /><br />Até que algo os faz sair dos céus e ferirem-se na terra onde andam. E aí, apercebem-se que a perfeição só aos verdadeiros deuses pertence. A nós, apenas nos cabe aspira-la…<br />E assim, a uma velocidade ameaçadora, declinam do paraíso para o inferno da sua verdadeira condição. O inatingível é substituído por tristeza e a superioridade pela falta de coragem de sair do pequeno seguro espaço.<br /><br />Mas mortalidades comuns à parte, é preciso continuar a sonhar, a sonhar alto, mesmo com o perigo de cair. Afinal, são os sonhos que movem, e mudam, o mundo. Nem que seja o nosso.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-30920730083346020072012-01-12T10:20:00.001+00:002012-01-12T10:20:48.945+00:00Definições castradorasPouca coisa há de mais livre que a tinta da caneta a marcar o papel à medida que a ideia já muito pensada se torna possível de expressão. Esquece-se o método determinado, as palavras certas, temas apropriados, o objectivo concreto. Afinal, para quem se escreve se não para nós, e porque se escreve se não por nós?<br />Egoísta pensar, mas escrever é a necessidade, a necessidade é escrever. Repito-me, é preciso libertar demónios, esse é o objectivo, não criar novos. O tema é a libertação da alma. As palavras bonitas são enganadoras da verdade, máscaras do sentimento. O método único é limitante na expressão dos pensamentos, obrigando à transformação destes em sensações que nunca o foram.<br />Sei-o bem, sei tudo isto. Porque insisto então em ser meu próprio inimigo? Escrevo porque preciso e ao escrever crio angústias para o ter de fazer. Mente complicada, ciclo frustrante. Mas volta-se a escrever, até se conseguir perceber.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-34158071205010658502012-01-09T12:00:00.001+00:002012-01-09T12:01:52.049+00:00verdadeiro eu para outro alguémAquela ligação que tínhamos, da cumplicidade indescritível, do olhar que tinha por trás longas conversas e planos que não precisavam mais de ser ditos em voz alta. Os risos longos e tolos para quem nos rodeava, e mesmo tolos para nós, mas felizes. O chegar e procurar aquela cara conhecida, e não precisar de perguntar nada, sabendo tudo. Emoções e sentimentos tão fortes que se tornaram confusos em tempos, mas que nunca impediram este sentimento de família. De pertença. E agora, de saudade.<br />A necessidade de ter alguém ao lado para partilhar as piadas, as tristezas, as dúvidas e mesmo os comentários que não se devem de dizer em voz alta. De olhar lá do fundo e sentir que alguém nos percebe sem precisarmos de falar, de explicar. Necessidade de compreensão, ligação. De amizade.<br />Tempo, é sempre a solução. As ligações não se estabelecem com pressão. Mas a sensação de que <em>Um dia esta será a minha pessoa</em>, tarda em aparecer.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-33094901397201514752012-01-06T11:42:00.000+00:002012-01-06T11:43:46.149+00:00multidões sozinhasNecessidade louca esta de pertencer e ser reconhecido que os seres humanos têm, principalmente pelos corpos e essências em que se reveem e admiram. Querem igualmente sentir-se amados, entristecendo a alma quando a vontade de partilha e de desabafo se tornam cada vez maiores, acompanhadas de uma voz cada vez mais presa. Presa num mundo isolado, fundo, difícil de sair.<br />Se ao menos, houvesse uma força que puxasse…. Tempo, dizem. Confiança, digo eu. Engraçado, como pedem o mundo com a maior das naturalidades, e dificultam o quotidiano. Criticas desculpas de solidão, talvez. Apenas é preciso dois lados neste jogo de laços.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-1957467082487253972011-12-24T16:06:00.001+00:002011-12-24T16:08:28.639+00:00pedaços de rua, pedaços de vidaEscondes os olhos, para não veres o mundo, ou não o veres a olhar para ti. As tuas roupas são inseparáveis do teu corpo, que de tão tuas, não aceitas as de mais ninguém. Também teu corpo colado à parede e tua amarrotada pele já escura pelo tempo demostram a distância que fazes da sociedade, ou que esta te faz.<br />As pessoas por ti passam, e apenas lhes mostras o teu sorriso, mais marca do que a manifestação de algo. Essas, viram a cara. Talvez sentindo alguma culpa, talvez algum medo. Escondem-se então em palavras de nojo, repúdio. De crime. <br />Eu, por outro lado, sinto o meu corpo e alma tremerem. Um por frio, a outra pelo que tu passarás nessa noite. <br />Mas quem és tu, pergunto-me, que não aceitou a minha mão, e porque estás sozinha na vida? Nesse teu canto que já te pertence, a que já pertences? Qual o teu caminho desde o dia em que te recordas, até este em que eu me debato sobre isso?<br />Continuo sem respostas, e, igual a todos os outros, prossigo a minha vida. Só gostava, de poder fazer algo pela tua.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-36049900382033329112011-12-21T22:07:00.004+00:002011-12-24T16:09:08.325+00:00A distância do ultimo abraço<div><br />A incompreensão desta relação que deveria de ser de crianças e heróis, mas que é de uma raiva intrometida no amor, faz crescer em mim uma sensação torturadora de culpa. Ora se recorda de antigas passagens que nos ligavam num passado já muito longínquo, ora se tenta criar histórias novas que de tão forçadas são insignificantes.<br />Pergunto-me então muitas vezes se haverá responsáveis por esta situação de futilidades e de vazios, ou é apenas fruto dos caminhos que o destino já há muito tinha traçado. Não sei qual a mais fácil de aceitar.<br />Intrometido, dizia eu, deixa-me a mim doente, a querer negar, esquecer, recalcar até, sentimentos negativos que me surgem na cabeça. Convenço-me que o amo, o respeito, porque sei disso, porque sinto isso, há toda uma história que nunca se poderá apagar. Mas a sua simples presença, faz com que me lembre do fatídico dia em que vi a desilusão nos olhos do meu herói, e desde então, que a raiva por me ter partido o coração, o tornou, também, meu vilão.</div>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-30621028076969273132011-12-20T22:14:00.001+00:002011-12-20T22:14:54.337+00:00a brand new start<div><div>Escrevo porque não falo, não grito, não liberto. E será esta a melhor forma de começar. As milhares de sensações que me saltam do peito mas batem contra a parede que delimita a sua existência; os inúmeros pensamentos que teimam em não passar para uma mundo concreto acabando por ficar fechados na sua origem; as bastantes ações que ficam presas num pequeno gesto que logo perde todo o seu sentido e intenção; e toda a frustração daqui resultante, não podem, de todo, permanecer e formar esta nuvem cinzenta dentro do meu céu.</div><div>Por isso, escrevo. Neste exercício de escrita, que por si só representa bem a futilidade de dar valor à forma em superioridade ao conteúdo. Nesta tentativa de tornar belo aquilo que não passa de palavras, de gritos, de libertações. Ou então, será um mero exercício que pela sua razão de existir já tem uma beleza a si associada. Contradições, e mais contradições, a juntar à lista de partículas escuras da nuvem.</div><div>Não será a primeira nem ultima vez que inicio todo este processo. Começa por ser libertador, passa a ser exaustivo e acaba por se extinguir. Vem de novo a necessidade devastadora desta manifestação, e o novo ciclo começa. Então, que nasça agora uma nova etapa.</div></div>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-63710945499164500902010-01-28T19:32:00.002+00:002010-10-16T18:32:00.729+01:00If we give gay people equal rights, then everyone will want them"Todos os dias são negados direitos humanos fundamentais em todas as partes do mundo. Em Portugal, ano de 2010, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é ainda negado pelo Estado. Mesmo sabendo que o casamento civil é a união entre duas pessoas que de livre vontade assumem a sua relação perante o Estado e a sociedade comprometendo-se uma com a outra a direitos e deveres, há ainda muitas pessoas que teimam em discriminar seres humanos, negando-lhes o acesso ao casamento.<br /><br />As opiniões que levam a esta discriminação são dos mais variados tipos, mas tem em comum uma coisa: são todas um atentado à dignidade humana. Todas as opiniões que defendem a supremacia de um determinado grupo de pessoas com determinadas características, seja este grupo uma maioria ou não, tem por base o preconceito, a discriminação e o desrespeito por todos os seres humanos, inclusive por eles próprios.<br /><br />Ao negarem o acesso ao casamento a casais de pessoas do mesmo sexo, estão a dizer a estas pessoas que são cidadãos de segunda. E é verdade que um homossexual é diferente de um heterossexual. Assim como um homem é diferente de uma mulher, um alto é diferente de um baixo, um loiro é diferente de um moreno. Mas ser diferente não significa ser desigual, não significa haver bons e maus. Demonstra apenas a grande diversidade dos seres humanos, e esta diversidade deve de ser vista com respeito. E o respeito pela diferença significa igualdade de direitos, significa não haver cidadãos de segunda nem de primeira, significa sermos todos diferentes mas todos iguais.<br /><br />(...)<br /><br />O Casamento é uma das instituições mais importantes da sociedade, sendo por isso o acesso a este um dos direitos mais importantes na sociedade. Desta forma, por o Casamento ser algo de tão grande e nobre valor, é inadmissível quererem dar outro nome à união entre duas pessoas do mesmo sexo. Esta atitude é discriminatória, por ter como base achar que o nome casamento não é digno para o contracto de união entre pessoas do mesmo sexo. Mais uma vez, os homossexuais são iguais aos heterossexuais, com a única diferença de amarem alguém do mesmo sexo. E este amor que une duas pessoas do mesmo sexo é tão digno de casamento como o que une duas pessoas de sexo diferente. Não se defendem mais direitos para os homossexuais, mas não se aceitam menos. Quer-se o casamento, com este nome, com tudo o que ele implica, para casais de pessoas do mesmo sexo, pois só assim é que há igualdade e respeito pelos direitos humanos.<br /><br />(...)<br /><br />E é urgente a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como é prioritário todos os outros direitos humanos. Fala-se de direitos, de pessoas que são todos os dias discriminadas no trabalho, na escola, na família, no grupo de amigos. Pessoas essas que são nossos pais, nossos irmãos, nossos professores, nossos amigos. E legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo poderá não parecer importante - nenhuma luta pelos direitos humanos parece importante no tempo em que ela decorre - mas é. Assim como foi importante a luta pelo acesso ao casamento por pessoas de raças diferentes, assim como foi e é importante a luta pela igualdade das mulheres, assim como foi importante a luta contra o racismo. É urgente acabar com o apartheid social entre heterossexuais e homossexuais, para que possamos viver num mundo mais justo e igual. Para que estes tempos de discriminação possam ser ultrapassados. Para que possamos respirar um ar de igualdade de direitos. E para que possamos viver num mundo em que a dignidade humana é respeitada."Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-57489563834222738002010-01-05T18:05:00.003+00:002010-02-03T19:53:15.671+00:00One minute, one lifePede-se um minuto de silêncio. Alguém morreu, algo aconteceu. Luto, respeito.<br />Pensa-se na vida, o que somos, o que queremos, no que andamos aqui a fazer, na morte. Quem é esta pessoa que morreu? Esta vida que se perdeu? Quais eram os seus sonhos? Quais eram os seus amores? Não se sabe. Ninguém se preocupa com isso em vida.<br />Ouvem-se risos, de pessoas que não entendem, ou têm medo de entender, o que se está a passar, o que é que aquele silêncio significa. Um minuto, um minuto por uma vida? Muitos minutos teríamos de fazer, estaríamos sempre em silêncio.<br />Guerra, morte, desrespeito, violação, inveja, fúria, catástrofe, ódio. Tristeza, infelicidade. Pensamos em tudo o que é mau, e em todas as consequências que daí advêm. Pensamos que vamos aproveitar a vida, tão curta que ela é. Que vamos convidar a rapariga do café, que vamos telefonar ao pai há muito esquecido, que vamos pedir desculpa e desculpar algo ou alguém.<br />Quem é esta pessoa que morreu? Não sei. Mas era alguém.<br />Acaba-se o minuto, esquece-se tudo. A vida continua para os vivos.Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-87489176039330430712010-01-01T12:48:00.003+00:002010-01-01T17:15:06.515+00:00Nobody starts a diet on Thursday.Bebe-se um copo de champanhe, comem-se doze passas, vê-se o fogo de artificio. Faz-se um balanço das coisas positivas do ano que passou, para não se achar que foi em vão.<br />Fazem-se promessas, pedem-se desejos a um ser superior, escreve-se num papel uma lista de objectivos a cumprir, que é esquecido semanas depois.<br />O ano novo dá a oportunidade de começar de novo. De emendar velhos erros, de iniciar novos hábitos. As pessoas fazem de um ano novo um incentivo, que não têm o resto do ano. Falta força de vontade.<br />Enfim, as pessoas precisam de algo que as faça ganhar coragem para enfrentar os demónios que têm. Precisam de dizer a todos que desejam paz, amor, saúde, respeito pelo próximo..., ainda dentro do espírito natalício. Precisam de dizer que vão mudar, que este ano é que vai ser.<br />Devia de ser ano novo todos os dias, para ninguém se esquecer do que prometeu na primeira noite do ano.<br /><br /><br /><br /><em>Ano novo, vida nova.</em>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5650558392494606955.post-32639081420723841092009-12-30T21:00:00.001+00:002011-04-22T11:53:46.689+01:00So, how many bombs are going to be today?Guerra. <em>Inimizade declarada e luta à mão armada entre nações ou partidos</em>.<br /><br />A guerra é uma constante na vida dos seres <em>ir</em>racionais.<br />Que motivos são estes que levam alguém a matar o seu igual?<br />São estes <em>Deuses</em>, que mandam matar em vez de amar? É pela <em>Paz</em>, que para se alcançar, têm de morrer milhares? É <em>Dinheiro</em>, que não pode ser usado depois da morte? É pelo <em>Poder</em>, que nenhum ser humano merece ter? É pela supremacia das r<em>aças</em>, quando só há uma Raça? É pela <em>Vingança</em>, que vai cada vez trazer mais mortes, num ciclo sem fim?<br /><br />Alguma guerra se passa dentro dos seres humanos. De cada um.<br /><br /><br /><br /><br /><em>A evolução do Homem teve por <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">consequência</span> a ascensão do mais forte fisicamente e mais fraco intelectualmente, ficando para trás o mais inteligente. Nós somos o que resulta disso.</em>Bhttp://www.blogger.com/profile/03334409120639341053noreply@blogger.com0