terça-feira, 20 de dezembro de 2011

a brand new start

Escrevo porque não falo, não grito, não liberto. E será esta a melhor forma de começar. As milhares de sensações que me saltam do peito mas batem contra a parede que delimita a sua existência; os inúmeros pensamentos que teimam em não passar para uma mundo concreto acabando por ficar fechados na sua origem; as bastantes ações que ficam presas num pequeno gesto que logo perde todo o seu sentido e intenção; e toda a frustração daqui resultante, não podem, de todo, permanecer e formar esta nuvem cinzenta dentro do meu céu.
Por isso, escrevo. Neste exercício de escrita, que por si só representa bem a futilidade de dar valor à forma em superioridade ao conteúdo. Nesta tentativa de tornar belo aquilo que não passa de palavras, de gritos, de libertações. Ou então, será um mero exercício que pela sua razão de existir já tem uma beleza a si associada. Contradições, e mais contradições, a juntar à lista de partículas escuras da nuvem.
Não será a primeira nem ultima vez que inicio todo este processo. Começa por ser libertador, passa a ser exaustivo e acaba por se extinguir. Vem de novo a necessidade devastadora desta manifestação, e o novo ciclo começa. Então, que nasça agora uma nova etapa.